
A Carlos Drummond de Andrade
No meio do caminho tinha uma perda.
Tinha uma perda no meio do caminho.
Tinha uma perda.
No meio do caminho tinha uma perda.
Primeiro a irmã depois o pai.
Não sabia que no meio do caminho
tinha a perda do paraíso
que me fez bravo.
Fui só, fui eu,
fui vida a partir da perda
que me estava destinada
no meio do carinho
de minha mãe solitária.
Fui perda de mim mesmo
procurado por toda a vida
até que achado no poema
do meu hoje encanecido.
Tudo porque
no meio do caminho tinha uma perda.
Tinha uma perda no meio do carinho.
Não murmures pela perda no meio do caminho. Tente achar no meio da perda um caminho. Muito criativo. Gostei! Bjs.
ResponderExcluirMaravilhosa homenagem a Drummond. Aprendo muito neste blog. Obrigada.
ResponderExcluirNa verdade as perdas podem ser portas para novos caminhos novos encontros e achados. Bom fim de semana Nádia.
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