Uma perda - Artur da Távola
A Carlos Drummond de Andrade
No meio do caminho tinha uma perda.
Tinha uma perda no meio do caminho.
Tinha uma perda.
No meio do caminho tinha uma perda.
Primeiro a irmã depois o pai.
Não sabia que no meio do caminho
tinha a perda do paraíso
que me fez bravo.
Fui só, fui eu,
fui vida a partir da perda
que me estava destinada
no meio do carinho
de minha mãe solitária.
Fui perda de mim mesmo
procurado por toda a vida
até que achado no poema
do meu hoje encanecido.
Tudo porque
no meio do caminho tinha uma perda.
Tinha uma perda no meio do carinho.
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Artur da Távola
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Não murmures pela perda no meio do caminho. Tente achar no meio da perda um caminho. Muito criativo. Gostei! Bjs.
ResponderExcluirMaravilhosa homenagem a Drummond. Aprendo muito neste blog. Obrigada.
ResponderExcluirNa verdade as perdas podem ser portas para novos caminhos novos encontros e achados. Bom fim de semana Nádia.
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