Vai-te, Poesia!
Deixa-me ver friamente
a realidade nua
sem ninfas de iludir
ou violinos de lua.
Vai-te, Poesia!
Não transformes o mundo
descarnado e terrível
num céu de esquecer
com mendigos de nuvens
famintos de estrelas
e feridas a cheirarem a cravos
— enquanto os outros, os de carne verdadeira,
uivam em vão
a sua fome de cadelas
e de pão.
Vai-te, Poesia!
Deixa-me ver a vida
exacta e intolerável
neste planeta feito de carne humana a chorar
onde um anjo me arrasta todas as noites para casa pelos cabelos
com bandeiras de lume nos olhos,
para fabricar sonhos
carregados de dinamite de lágrimas.
Vai-te, Poesia!
Não quero cantar.
Quero gritar!
Oi, moça bonita!
ResponderExcluirLindo poema. Nosso olhar se esquece de que há poesia também no grito.
Bjim
Quando ela vai leva a beleza que existem em nossos olhos... mas às vezes é necessário gritar...
ResponderExcluirbom fim de semana amiga
beijinhos
cvb
Às vezes, gritar é preciso pra se fazer ouvir
ResponderExcluire sensibilidade pra perceber a poesia (do e no grito).
Bom final de semana p/ vocês!
Amanhã trabalho em duas escolas...
meu final de semana só no domingo.
Beijos :)
Muitas vezes gritamos em silencio.E a poesia é a nossa fuga gritante e silenciosa. Boa Noite Nádia. Bjs.
ResponderExcluirBoa noite, Lourdinha e bom final de semana.
ResponderExcluirBjs:)