Não sobrou nada - Hassan Najmi

não sobrou nada:
só a ferida da memória.
e o ponto de encontro
e o cheiro das folhas em livros usados.

da janela:
uma canção entoa um amor antigo.

Como se fosse escrever o livro dos mortos -
torna-se a noite no seu costume.

Como se para brincar
com uma tristeza que o acompanha -
dança sozinho na noite.

Um comentário:

  1. E o que sobrou na memória, é o vale a pena mesmo que a tristeza acompanhe a dança da recordação. Ótima semana pra você, Nádia. bjs,

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