Em praias de indiferença
navega meu coração.
Venho desde a adolescência
na mesma navegação.
- Por que mar de tanta ausência,
e areias brancas de tão
despovoada inconsistência,
de penúria e de aflição?
(Triste saudade que pensa
entre resposta e a intenção!)
Números de grande urgência
gritam pela exatidão:
mas a areia branca e imensa
toda é desagregação!
Em praias de indiferença
navega meu coração.
Impossível, permanência.
Impossível, direção.
E assim por toda a existência
navegar, navegarão
os que têm por toda ciência
desencanto e devoção.
Sempre um prazer ler Cecília Meireles.
ResponderExcluirBeijinho Nádia, boa semana
cvb
Tanto tempo sem vir aqui. Que bom encontrar Cecília. Obrigada pela partilha, sempre tão cuidada e sensível. Abraços.
ResponderExcluirPAZ e LUZ
Palavras que são tentativa do afrouxar de amarras...
ResponderExcluirBeijo :)
Navegar é preciso! Porém, nada melhor que um Porto Seguro. Bjs. NÁDIA.
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