Às vezes, pequenos grandes terremotos
ocorrem do lado esquerdo do meu peito.
Fora, não se dão conta os desatentos.
Entre a aorta e a omoplata rolam
alquebrados sentimentos.
Entre as vértebras e as costelas
há vários esmagamentos.
Os mais íntimos
já me viram remexendo escombros.
Em mim há algo imóvel e soterrado
em permanente assombro.
Sempre do lado esquerdo,
ResponderExcluirNossas dores e lamentos
o cofre que guarda silencioso,
o grito dos nossos tormentos.
Oi Nádia,
Estou conhecendo grandes autores com suas postagens, cada um mais surpreendente que o outro.Este poema é simplesmente perfeito.
Você deve ter notado que tenho repetido algumas postagens, é que ando sem tempo. Peço desculpas. Logo trarei novas poesias.
Bjs. Tenha um ótimo final de semana.