Eu sou a ilustre tarde cuja
coroa,
Grande lustre do mundo ainda
doa,
Nós outros, cuja dama tanto
traz,
Grande tarde das horas se
refaz.
Crepúsculo celeste berço adia,
Que observa os tons domados
deste dia,
Mas insistindo lua por
derradeira,
Com as ocultas vistas que
recreia.
Aflora as flores rubras deste
espanto,
E forte alteração solene manto,
Por vindouro hemisfério nu do
outono.
Veio à tarde no céu pintando os
pobres,
Vão das horas descendo de tons
lúgubres,
Neste trabalho árduo que me
ufano.
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