À manhã - William Blake

Ó sagrada virgem, de alvura adornada.
Abre os dourados umbrais do céu e sai,
Desperta a aurora inebriada no azul,
deixa a luz emergir de sua morada no leste
e esparge o suave orvalho que vem com o novo dia.
Ó luminosa manhã, saúda o sol
que qual um caçador cedo se levanta
e se alça sobre nossas colinas.
Escuta o beija-flor, que a canção da primavera entoa
e a suave cotovia, no terno ramo pousada
que na aurora sibilante surge sobre os ondulantes trigais
regendo os refulgentes corais do sol,
trina, trina, trina,
deslizando nas asas da luz,
Escoando através do azul imenso
da concha celestial.


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