Quem te ensinou o segredo
e a forma de assim colorir?
Quem te criou o perfume?
Quem te fez sorrir?
(O seio assim despojado
o corpo e a voz sem brilhar
silêncio de todas as cores
domínio da luz sobre o
tempo.)
Quem te viveu nos momentos
de desespero e abandono
ao ar, ao sol – teus
lamentos?
Quem te sofreu as tragédias
sob mão assassina e lasciva?
Quem te sentiu os instantes
de morte, paz e miséria?
No jarro inútil – prisão
colorida,
já não és mais a mesma voz.
O seio murchou e o perfume
desfez-se. Ninguém reparou.
Quem te fará outra vez?
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