Lágrima - Eugénio de Andrade

Dos olhos me cais,
redonda formosura.
Quase fruto ou lua,
cais desamparada.
Regressas à água
mais pura do dia,
obscuro alimento
de altas açucenas.
Breve arquitectura
da melancolia.
Lágrima, apenas.


3 comentários:

  1. Uma beleza de poema, Nádia. E eu gosto tanto de Eugénio de Andrade... Muito grata. Bj

    ResponderExcluir
  2. Obrigada pela presença sempre carinhosa, amiga!

    Beijos e ótima noite!

    :)

    ResponderExcluir
  3. Lágrimas apenas, lágrimas por tantas lágrimas...
    lINDO POEMA.

    ResponderExcluir