Há uma devastação
nas coisas e nos seres,
como se algum vulcão
abrisse as sobrancelhas
e ali, sobre esse chão,
pousassem as inteiras
angústias, solidões,
passados desesperos
e toda a condição
de homem sem soleira,
ventura tão curta,
punição extrema.
Há uma devastação
nas águas e nos seres;
os peixes, com seus viços,
revolvem-se no umbigo
deste vulcão de escamas.
Há uma devastação
nas plantas e nos seres;
o homem recurvado
com a pálpebra nos joelhos.
As lavas soprarão,
enquanto nós vivermos.
O ser humano se devasta por si mesmo, quando não permite ser habitado por Deus.E se imaginando auto suficiente preenche seus vazios de outros vazios,e se afunda mais e mais no próprio vazio.Não haverá, plantas, peixes, para salvá-lo do vulcão e de suas lavas.
ResponderExcluirAdorei este poema. Foi esta a mensagem que captei.
Bjs. amiga.