Os passos são andaimes
interiores
Com que construo a habitação
da espera.
Chovem horas em volta até que
um dia
Alguém descobre infiltrações
no tempo.
Tudo está só. Tudo são passos
sós;
Eles que vivem soterrando as
asas.
Por isso os dias doem por
entre as rosas
Que afasto em busca de uma dor
sem flores.
Depois (pobre depois – nome
de um nome;
Coisa que é coisa porque as
coisas partem
Envelhecendo a infância do
futuro)...
Os passos são fraturas no meu
voo;
Oprimidos retalhos do
infinito;
Portos viajando no porão de
um barco.
As coisas partem num qualquer porão de um barco...
ResponderExcluirBeijinho
É verdade, JP. As coisas partem...
ResponderExcluirBeijo :)
Todo o viajante transporta consigo o que considera essencial, de reformulação em reformulação, até ao apaziguamento final...
ResponderExcluir(Gostei muito de a ver por lá)
Beijo :)
Obrigada, AC. É um prazer recebê-lo aqui.
ResponderExcluirSempre muito bom ler o que você escreve.
Beijo :)