Desejo, como quem sente fome
ou sede,
um caminho de areia margeado
de boninas,
onde só cabem a bicicleta e
seu dono.
Desejo, como uma funda
saudade
de homem ficado órfão
pequenino,
um regaço e o acalanto, a
amorosa tenaz de uns dedos
para um forte carinho em
minha nuca.
Brotam os matinhos depois da
chuva,
brotam os desejos do corpo.
Na alma, o querer de um mundo
tão pequeno,
como o que tem nas mãos o
Menino Jesus de Praga.
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