Eras um rosto
na noite larga
de altas insônias
iluminada.
Serás um dia
vago retrato
de quem se diga:
“o antepassado”.
Eras um poema
cujas palavras
cresciam dentre
mistério e lágrimas.
Serás silêncio,
tempo sem rastro,
de esquecimentos
atravessado.
Disso é que sofre
a amargurada
flor da memória
que ao vento fala.
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