não procures por mim.
Presevermos o fim
dos saudosos olhares.
Bem sei que a noite e os rios
engendram muita flor
parecida com o amor,
em seus ermos sombrios.
Mas nem penso aonde vais.
Adormeço nos prados
com os lábios ocupados
no néctar do jamais.
Um tempo sem fronteiras
se abriu diante de nós.
Quando tiveram voz
as verdades inteiras?
Ai, talvez noutro instante
chegue perto de ti,
para ver que perdi
minha alma antiga – e cante.
Talvez chegue, talvez,
mas que não seja agora,
quando quem foste chora
aquilo que não vês.
Uma vaga canção
cantarei com doçura,
e será morte escura
sobre o meu coração.
Todo o lirismo que podemos apreciar desta grandíssima poetisa Brasileira....recordo também:
ResponderExcluir"Perdoa-me, folha seca,
não posso cuidar de ti.
Vim para amar neste mundo,
e até do amor me perdi."
Beijinho
"De que serviu tecer flores
ResponderExcluirpelas areias do chão,
se havia gente dormindo
sobre o própro coração?"
Beijos :)
Muito bom começar o dia sorvendo a docilidade lírica de Cecília.
ResponderExcluirBeijos, Nádia!
E é muito bom receber sua visita e comentário, Elizabeth!
ResponderExcluirObrigada!
Beijos :)