A clara profusão de um poente
enalteceu a rua,
a rua aberta como um vasto
sonho
para qualquer acaso.
O límpido arvoredo
perde o último pássaro, o
ouro último.
A mão andrajosa de um mendigo
agrava a tristeza dessa
tarde.
O silêncio que mora nos
espelhos
forçou seu cárcere.
A escuridão é o sangue
das coisas feridas.
No ocaso incerto
a tarde mutilada
foi umas pobres cores.
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