Há doenças piores que as
doenças,
Há dores que não doem, nem na
alma
Mas que são dolorosas mais
que as outras.
Há angústias sonhadas mais
reais
Que as que a vida nos traz,
há sensações
Sentidas só com imaginá-las
Que são mais nossas do que a
própria vida.
Há tanta coisa que, sem
existir,
Existe, existe demoradamente,
E demoradamente é nossa e
nós...
Por sobre o verde turvo do
amplo rio
Os circunflexos brancos das
gaivotas...
Por sobre a alma o adejar
inútil
Do que não foi, nem pôde ser,
e é tudo.
Dá-me mais vinho, porque a
vida é nada.
Bom dia, Nádia.
ResponderExcluirLindo poema do Fernando Pessoa.
Dores são sempre dores, angustiam, desfalecem o semblante, a esperança e o que pensamos torna -se
ainda mais sofrível.
Bela e intensa escolha.
Tenha uma semana de paz!
Beijos na alma.
Obrigada, Patrícia!
ResponderExcluirFeliz semana pra você.
Beijos