Vem comigo, meu amigo.
Vem até a minha casa,
que é pintada de branco,
e ri nos vidros das janelas
abertas,
e no pequeno jardim
que lhe descansa em frente.
Vem ver a minha casa nova.
Descobre-te, chegando á porta,
e olha com bondade
essas paredes limpas.
Ali, é minha mesa
de trabalho espiritual;
é ali que eu escrevo
os poemas que vou sentindo,
e as minhas cartas de amor.
E sobre essa mesa tranquila,
há um ramo de rosas frescas,
que ainda guardam nas pétalas
o sorriso úmido da manhã.
os meus poucos livros
na sua beleza humilde nos
contemplam.
Olha, aqui é o leito
Dos meus sonos sem cuidado,
E ali, pequena e simples,
a mesa de jantar,
Quando o relógio der as horas,
naquele banco nos sentaremos
para um repasto frugal,
com um pouco de vinho velho
regando uma vianda tenra,
alguns frutos maduros,
e a nossa discreta alegria
de poetas...
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