A mão ia para as costas da
madrugada.
As mulheres estendiam as
janelas da alegria
nos ouvidos onde não se
apagavam as alegrias.
Entre os dentes do mar
acendiam-se braços.
Os dias namoravam sob a barca
do espelho.
Havia uma chuva de barcos
enquanto o dia tossia.
E da chuva de barcos chegavam
colchões,
camas, cadeiras, manadas de
estradas perdidas
onde cantavam soldados de
capacetes
por pintar no coração da
meia-noite.
Eram os barcos que guardavam
as muralhas
da noite que a mão ouvia nas
costas
da madrugada entre os dentes
do mar.
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