Palavra dentro da qual estou
há milhões
de anos é arvore.
Pedra também.
Eu tenho precedências para
pedra.
Pássaro também.
Não posso ver nenhuma dessas
palavras que
não leve um susto.
Andarilho também.
Não posso ver a palavra
andarilho que
eu não tenha vontade de
dormir debaixo
de uma árvore.
Que eu não tenha vontade de
olhar com
espanto, de novo, aquele
homem do saco
a passar como um rei de
andrajos nos
arruados de minha aldeia.
E tem mais uma: as andorinhas,
pelo que sei, consideram os
andarilhos
como árvore.
"E tem mais uma; as andorinhas, pelo que sei, consideram os andarilhos como árvore"
ResponderExcluirOi Nádia, Bom dia !É uma riqueza esse poema de Manoel de Barros! A natureza integrada, uma cadeia da simplicidade. O ser e o ter. Quem é mais natureza,tem a felicidade.
Quero te desejar uma Feliz Páscoa na Santa paz de Cristo,
Passei anteriormente pra felicita-la pelo aniversário, não sei se você ainda não publicou, ou se aconteceu algo e não publiquei direito. Só queria registrar que não me esqueci.PARABÉNS!!!
Queria te pedir licença para levar esse poema e postar lá no Suave e Natural, achei muito lindo!
Um grande abraço
Querida Nádia, adoro Manuel de Barros e com seus poemas continua muito vivo sempre.uma llinda semana.bjs
ResponderExcluirObrigada pela presença e comentário, Eliete e Lourdinha!
ResponderExcluirVocês enriquecem o "docecomoachuva".
Lourdinha, fique à vontade para levar o que quiser. E obrigada... vi agora suas felicitações. Estes dias não abri o blog.
Beijos com carinho :)
Feliz semana, Eliete e Lourdinha!
ResponderExcluirBeijos