Tudo me prende à terra
onde me dei:
o rio subitamente
adolescente,
a luz tropeçando nas
esquinas,
as areias onde ardi
impaciente.
Tudo me prende do
mesmo triste amor
que há em saber que a
vida pouco dura,
e nela ponho a
esperança e o calor
de uns dedos com
restos de ternura.
Dizem que há outros
céus e outras luas
e outros olhos densos
de alegria,
mas eu sou destas
casas, destas ruas,
deste amor a escorrer
melancolia.
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