Não sei quantos
seremos, mas que importa?!
Um só que fosse, e já
valia a pena.
Aqui, no mundo, alguém
que se condena
A não ser conivente
Na farsa do presente
Posta em cena!
Não podemos mudar a
hora da chegada,
Nem talvez a mais
certa,
A da partida.
Mas podemos fazer a
descoberta
Do que presta
E não presta
Nesta vida.
E o que não presta é
isto, esta mentira
Quotidiana.
Esta comédia desumana
E triste,
Que cobre de soturna
maldição
A própria indignação
Que lhe resiste.
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