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Humorismo - Guilherme de Almeida

Sossego macio da tarde.
Um sol cansado
passa pelo rosto suado
uma nuvenzinha alva como um lenço
para enxugar as primeiras estrelas.
Silêncio.

E o sol vai caminhando sobre os montes tranqüilos
vai cochilando. E de repente
tropeça e cai redondamente
sob a pateada dos sapos e a vaia dos grilos.

Arco-Íris: 2- Azul - Guilherme de Almeida


Um pedaço de céu caiu na terra:
em tufos fofos de flocos frouxos frívolas hortênsias
volantes como crinolinas fúteis
desmancham-se em reverências
ou passeiam como sombrinhas lindamente inúteis
ou pousam empoadas de ar como pompons.



O céu é um grande linho muito passado no anil
que o vento enfuna num varal de vidro.
Ele é o toldo azul de um bazar
onde brinca vestido de ar
um clown elástico, ágil e sutil.