Não me prendo a nada que me defina – Clarice Lispector



Não me prendo a nada que me defina.
Sou companhia, mas posso ser solidão.
Tranquilidade e inconstância.
Pedra e coração.
Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor,
sarcasmo, preguiça e sono!
Música alta e silêncio.
Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser.
Não me limito, não sou cruel comigo!
Serei sempre apego pelo que vale a pena
e desapego pelo que não quer valer…
Suponho que me entender 
não é uma questão de inteligência
e sim de sentir, de entrar em contato...
Ou toca, ou não toca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário