Meu verso, temo, vem do berço.
Não versejo porque eu quero,
versejo quando converso
e converso por conversar.
Pra que sirvo senão pra isto,
pra ser vinte e pra ser visto,
pra ser versa e pra ser vice,
pra ser a super-superfície,
onde o verbo vem ser mais?
Não sirvo pra observar.
Verso, persevero e conservo
um susto de quem se perde
no exato lugar onde está.
Onde estará meu verso?
Em algum lugar de um lugar,
onde o avesso do inverso
começa a ver e ficar.
Por mais prosas que eu perverta,
Não permita Deus que eu perca
meu jeito de versejar.
É assim mesmo com quem é poeta de verdade. Imagina eu com a minha pretensão de o ser. É que aprendiz qualquer um pode ser.Cada um tem seu jeito.
ResponderExcluir"Por mais prosas que eu perverta,
Não permita Deus que eu perca
meu jeito de versejar"
Bjs.