Raia o sol, suspende a lua,
o palhaço está na rua.
Tremula a lona da praça,
tempos de assombro e de
graça.
Ah, que gente tão risonha
nessa cidade que sonha
tigres, grifos, leões de oiro
e mulheres em voo loiro,
vindas de rússias e franças
- e acima das esperanças...
Nunca além de uma semana
permanece essa profana
prova de que Deus existe
e nem sempre a vida é triste.
Baixa o sol, se esconde a
lua,
não há mais nada na rua,
caminho de pó e vento,
formigas, cão sonolento...
Porém já nada é tristonho,
- infenso a tempo e distância
–
a nos sonhar essa infância.
Nenhum comentário:
Postar um comentário