Surdo murmúrio do rio,
a deslizar, pausado, na planura.
Mensageiro moroso
dum recado comprido,
di-lo sem pressa ao alarmado ouvido
dos salgueirais:
a neve derreteu
nos píncaros da serra;
o gado berra
dentro dos currais,
a lembrar aos zagais
o fim do cativeiro;
anda no ar um perfumado cheiro
a terra revolvida;
o vento emudeceu;
o sol desceu;
a primavera vai chegar, florida.
Tanto tempo longe daqui. Sempre bom passar e ler poemas tão bem escolhidos. Abraço, Nádia.
ResponderExcluirPaz e luz
Obrigada pela visita, Helenice! Feliz semana para você.
ResponderExcluirAbraços de Paz e Luz.