É a hora da tarde,
essa que põe
seu sangue nas
montanhas.
E nesta hora alguém está
sofrendo;
uma perde, angustiada,
bem neste entardecer o
único peito
contra o qual se
estreitava.
Há algum coração em
que o poente
Mergulha aquele cume
ensangüentado.
O vale já sombreia
e se enche de calma.
Mas, lá do fundo, vê
que se incendeia
de rubor a montanha.
A esta hora ponho-me a
cantar
minha eterna canção
atribulada.
Sou eu que estou
batendo
o cume de escarlate?
Ponho em meu coração a
mão e o sinto
a verter quando bate.
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