Do lado de lá as melodias brotavam
E o perfume do silêncio exalava suas folhas recém nascidas
Do lado de lá o amor prometido caía sobre mim como cai
a complacente delicadeza sobre a brutalidade dos dias
Do lado de lá eu cantava como quem reza uma oração da tarde
Do lado de lá a luz do sol me saudava em promessas de primavera
Do lado de cá as minhas mãos estavam vazias
E eu contemplava essas feridas
Que jamais se transmutariam em cicatrizes
Do lado de cá eu espreitava, proibida, o lado de lá
E descobria, em mim, um desatinado coração
Amoroso e louco, vislumbrando o infinito
Grandiosos versos! Encantado.
ResponderExcluirCoisaaaaaaasa linnnnndaaaaaaaa de poema!!!!!!!!! Genial, Nádia! Abençoado dom! Eleve louvores, cante salmos a Ele pelo presente recebido. Beijão!
ResponderExcluirEste poema não é meu, eu apenas postei. Parabéns à poetisa Leda Guerra.
ResponderExcluirBeijos :)