Flor de Lótus - Rabindranath Tagore



No dia em que a flor de lótus desabrochou
A minha mente vagava, e eu não a percebi.
Minha cesta estava vazia e a flor ficou esquecida.
Somente agora e novamente, uma tristeza caiu sobre mim.
Acordei do meu sonho sentindo o doce rastro
De um perfume no vento sul.

Essa vaga doçura fez o meu coração doer de saudade.
Pareceu-me ser o sopro ardente no verão, procurando completar-se.
Eu não sabia então que a flor estava tão perto de mim
Que ela era minha, e que essa perfeita doçura
Tinha desabrochado no fundo do meu coração.

2 comentários:

  1. Esse é um dos poemas mais fascinante que já vi em toda minha vida. Ele é suave, doce, inspirador, chega parecer um sonho de tão gostoso e aconchegante que é. Melhor impossível! Eu te gosto muito...!

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  2. Agradeço o comentário, José Aglais.
    Seja bem-vindo!
    Abraço

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