O horizonte é o mesmo.
Mas há esta nova claridade que me sufoca o olhar.
Caminho a esmo.
Hoje não quero pensar.
É que mudou a lua,
e tudo se transforma.
Cobre-se a Terra de uma terra nova
e as marés se tornam violentas.
Somente eu vou lenta, lenta.
Concentrada em não chorar.
Não que tenha perdido a alegria
por completo:
o caminho não havia de sempre reto
e eu já sabia disso muito antes
de decidir te acompanhar.
Mas agora, a noite me tomou.
E eu me tornei, subitamente,
o que não sou:
sem norte, sem destino.
O que se extraviou,
de mim, por esta estrada?
Eu vinha te seguindo e não te vejo mais.
E estava tão habituada.
O horizonte é o mesmo.
Só lhe falta
a longa silhueta que eu seguia
e contemplava.
É que mudou a lua, e tudo se transforma.
Somente a linha do horizonte permanece inalterada.
Nádia, adoro sonhar aqui no seu canto, no seu horizonte, onde tudo é calmo e tranquilo.
ResponderExcluirAbraço apertado.
oa.s