Perséfone - Dora Ferreira da Silva

A Lua testemunhou teu rapto, quando
colhias violetas e anêmonas. Para onde foste,
arrancada à campina pelo sombrio Amante?
Nem tu sabias do tenebroso percurso sobre a Terra,
antes tão doce, nem da dança para sempre traçada
e nela teu passo aprisionado, coroada por Hades
com grinaldas de romãs pesadas. Kóre Perséfone, rainha
não dos vivos e da campina em flor, mas das sombras frias.

Um comentário:

  1. Olá querida amiga, linda poesia essa que nos presenteia. Beijos e boa semana.

    Conta as estrelas se puderes.
    Sei, de sobra, que não poderei...
    Mesmo assim
    me delicio
    em recomeçar
    mil vezes
    a contagem impossível
    que leva à conclusão de sempre:

    "Impossível ser mesquinho
    quando se tem, diante dos olhos
    cada noite,
    milhões de mundos
    cantando
    a largueza e a generosidade
    do Criador e Pai!"
    D.H. c.

    ResponderExcluir