O silêncio - Eugénio de Andrade

Quando a ternura
parece já do seu ofício fatigada,
e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,
quando azuis irrompem
os teus olhos
e procuram
nos meus navegação segura,
é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,
pelo silêncio fascinadas.


Um comentário:

  1. Nádia,
    Eugénio é um dos meus preferidos. Grato pela postagem.

    Beijo :)

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