Cadenciadas
Vão morrendo as palavras
Na minha boca.
Um sudário de asas
Há de ser agasalhado
E pátria para o corpo.
Anônimo, calado
O poeta contempla
Espelho e mágoa
Fragmentos de um veio
Berçário de palavras.
Umas lendas volteiam
O poeta vazio de seus meios:
Escombro, escadas
Amou de amor escuro
E fugiu de si mesmo
De sua própria cilada.
O poeta. Mudo.
Aceitável agora para o mundo
No seu sudário de asas.
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