(sobre um quadro de Munch)
Há sempre um fiorde e uma ponte
em toda a vertigem
humana,
e sempre essas nuvens
em chama
no som da palavra
horizonte.
Há sempre um fiorde, uma ponte,
dois homens de negro
e o louco,
e curvas no espaço
amplo e pouco,
e ser nesse andrógino
instante.
Há sempre dois barcos que somem
além do fiorde e da
ponte
que brumas tão rubras
consomem.
E nesse grito a que ninguém responde,
há sempre esse eco
bifronte,
esse espaço sem
quando, esse tempo sem onde.
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