A dolorosa
e lenta
refeição do velho.
Sopas e papas insepultas
voracidade morta
lassa obrigação de alimentar.
Saliva é cuspe
o cuspe é baba
na dócil refeição do velho.
A lentidão exasperante
de quem come para não morrer
e morrerá porém. Só
A dolorosa
e benta
refeição do velho.
A carne insulta-lhe
a indecisão do dente,
dor e cansaço no deglutir.
Tudo é torpor ou gole
na fome sem sabor
da refeição do velho.
Dolorosa velhice. Retrato fiel, de muitos velhos.
ResponderExcluirPoesia com verdades tristes.
Um beijo!
P.S.Uma curiosidade minha:- Esse Artur da Távola, é o educador, escritor, político, genro de Anísio Teixeira?
É ele mesmo, Lúcia.
ResponderExcluirArtur da Távola genro de Anísio Teixeira.
Abraço :)
Dolorosa realidade, num poema que se sente.
ResponderExcluirbeijinho Nadia
cvb
Triste realidade.
ResponderExcluirBeijos, Cecília!
Ser vencido na vida material,""o estar velho" no deglutir da sopa... porem jamais ser vencido no espírito, "o estar jovem" o qual tão pouco de sopa se alimenta.
ResponderExcluirUm grande abraço minha querida amiga Nádia, e um lindo DIA INTERNACIONAL DA MULHER.
bjs Mil.
Obrigada, amiga.
ResponderExcluirFelicidades para nós em todos os dias!
Beijos :)