Jazz - Mário Quintana


Deixa subirem os sons agudos,
os sons estrídulos do jazz no ar.
 Deixa subirem: são repuxos: caem…
 Apenas ficarão os arroios
correndo sem rumor dentro da noite.
 E junto a cada arroio, nos campos ermos,
 Um anjo de pedra estará postado.

O Anjo de Pedra que está sempre imóvel 
por detrás de todas as coisas –
 Em meio aos salões de baile,
entre o fragor das batalhas,
nos comícios das praças públicas –
E em cujos olhos sem pupilas, brancos e parados,
 Nada do mundo se reflete.

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