Só minha voz dentro do lago
cresce
Como um caule de raiva. No
alto a rosa,
Indiferente às aves diluídas
E ao sonho seco do tumor das
ilhas.
No lago a dúvida é uma
estrada (ou era?).
E os barcos têm perdido
tantos lemes,
Que só retornam quando o
vento vela
O cadáver solícito dos rumos.
Ao céu a rosa é fria como um
grito
Diariamente antigo. O lago
dorme
Longe das horas de sessenta
medos.
E enquanto a dor não se
transforma em rosa,
Só minha voz das águas mortas
crava
Sobre a carne da luz beijos
de pedra.
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