Cismando, o campo em flor, eu
vi que a terra
Pode ser outra terra, de
outra gente,
Para o prazer armada e
competente
E desarmada para a voz da
guerra.
No chão, olhando o céu que
nos desterra,
Sem terminar falei, presente,
ausente,
Ó vento desatado da vertente,
Ó doce laranjal sem fim da
serra!
Mais tarde me esqueci, mas
esse instante
De muito antiga perfeição
campestre
Fez-me constante um
pensamento errante:
Era o sem tempo, a paz da
eternidade
Unindo a luz celeste à luz
terrestre
Sem solução de amor e de
unidade.
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