E é sempre a chuva
nos desertos sem
guarda-chuva,
algo que escorre, peixe
dúbio,
e a cicatriz, percebe-se, no
muro nu.
E são dissolvidos fragmentos
de estuque
e o pó das demolições de tudo
que atravanca o disforme país
futuro.
Débil, nas ramas, o socorro
do imbu.
Pinga, no desarvorado campo
nu.
Onde vivemos é água. O sono,
úmido,
em urnas desoladas. Já se
entornam,
fungidas, na corrente, as
coisas caras
que eram pura delícia, hoje
carvão.
O mais é barro, sem esperança
de escultura.
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