Cata-vento, lá no alto,
capta o mundo nos ventos.
O mundo das geleiras brancas,
dos desertos dourados,
das cidades aflitas, das
montanhas, do mar.
Cata-vento, lá no alto
capta as horas nos ventos.
As horas, no orbe,
simultâneas
mas tão infinitamente
diferentes:
horas, aqui, da seara
amanhecente,
horas, ali, da torre
ensolarada,
horas, além, de cais na noite
triste,
horas, por toda a parte,
de nascer ou morrer.
Cata-vento lá no alto
longe do chão impuro
capta os ventos que vem.
Ah, cata-vento não escolhe
vento.
Todo vento lhe traz desejo e
sonho,
todo o vento lhe traz beleza
e mágoa.
Sim, cata-vento não escolhe
vento
capta os ventos que vem,
mesmo os trêmulos ventos
sonambúlicos
das solidões estagnadas
sem sombra de ninguém.
E como é bom "catar" o vento...
ResponderExcluirMuito lindo.
bjs Nádia, saudades
cecilia
Saudades também, Cecília!
ResponderExcluirQuanto tempo...
Beijos :)
Vem no vento até os sabores.
ResponderExcluirUma linda tarde pra você. bjs
Obrigada, Lourdinha!
ResponderExcluirTenha uma ótima noite!
Beijos :)