Aquiete-se para ouvir o
silêncio;
a clorofila escorre pela
haste,
a sombra e o sol ecoam um
contraste
de quentes e frios na linha
divisória.
Tente escutar a história da
brisa
quando passa empurrando
a bruma, que, tola,embaça a
púrpura da rosa.
Esta conta prosa de
sacerdotisa.
Faça atenção ao momento de
explosão
da metamorfose
que irrompe em grande dose
de véus e açúcares.
Sinta o cochilo dos
nenúfares.
Se conseguir atingir
o ponto mais profundo da
quietude,
vai poder ouvir o coração do
colibrí.
Ele bate minúsculo num peito
passarinho.
A Terra se mobiliza para
entoar
uma sonata azul em homenagem
a esse músculo coberto de
plumagem,
que tão pequenininho é tão
capaz de amar.
Amei esse poema da Flora! Acho que não me recordo dele. A Flora foi meu primeiro passo na poesia, lembro-se do encanto que senti ao ler versos tão eufônicos, como música bailando em meus ouvidos. Comprei todos os livros dela. Hoje a tenho como uma recordação poética e doce em meu coração.
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