Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras.
lia a história de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.
No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu
a ninar nos longes da senzala - nunca se esqueceu
chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom.
Minha mãe ficava sentada cosendo
olhando para mim:
- Psiu...Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro...que fundo!
Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.
A nossa história é sempre mais bonita...porque é nossa :))
ResponderExcluirBeijinho
(já te sigo)
Maravilhoso, querida amiga.
ResponderExcluirAdoro esse poema do nosso Drummond.
Parabéns pela escolha !
Bjim
É verdade, JP. A nossa história faz toda a diferença...
ResponderExcluirAgradeço pela visita, comentário e por seguir o docecomoachuva.
Bjs :)
Obrigada, Amiga!
ResponderExcluirTambém adoro este poema!
Beijos :)
Nossa que riqueza é a história de cada um de nós.Poema maravilhoso
ResponderExcluirBjs.