A lua míngua com elegância,
olho o seu formato meia lua,
um queijo a cara dela
suspensa no céu.
Eu nua, sem mentiras, sem
véus
ouço a conversa das estrelas
sobre as ruas,
e também ouso com elas as
palavras
que Bilac me ensinou com as
suas.
O que digo é que nunca estou
só de todo
por causa da Via Láctea e
outros acontecimentos celestes.
Quando lá não me detenho e
por isso,
sem ver outros planetas,
ignoro o que acontece,
o mar, revolto ou calmo,
seja lá como for, não me
obedece.
Sou pequena,
o que não sei é o que o meu
poema tece
para me ensinar a ser flor.
Ó luminoso beija flor
vagalume dos meus desmundos,
dos meus desterros nos
caminhos escuros de nublada visão.
Ó verso antigo e novo
que desde de adolescência
vem me trazendo pela mão,
me dê sempre clareza onde
antes era confusão.
Lampadinha iluminada,
remove a camada da ilusão
e deixe - me de frente pra
vida,
ela mesma, a vida pura,
em sua versão milagre e
espanto.
Só isso, não estou pedindo
muito,
não estou pedindo tanto.
Só milagre e espanto.
Gosto de ler a tua poesia, poemas que nos ensinam a ser flores.
ResponderExcluirBeijinho