a cidade, de sol a sol,
principia pelo fim
no poço que, sant'ana, a protege
a cidade, de açude em açude,
afoga os minerais
nas pescarias noturnas transparências
a cidade, de sábado a sábado,
completa o sertão
com seus horizontes mágicos cordéis
a cidade, de rua em rua,
transborda de amor
nos becos bêbados botequins
a cidade, de ponte a ponte,
margeia os rios
da memória fluvial seridó
a cidade, de pedra em pedra,
constrói o branco
de seu silêncio limpo fugidio
a cidade, de festa a festa,
recolhe os frutos
da noite que, sant'ana, se faz julho
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