O vazio faz-se entre a
dissonância do aflito e do manso,
Faz-se no sono e no
acordar da mente,
Faz-se no riso imotivado e
no pranto recolhido.
O vazio faz-se na aura da
vitória e no excesso da fartura,
No supremo instante do
amor e no momento que o precede.
O vazio faz-se nas
vísceras,
Na procura do querer sem
rumo,
No monólogo da língua
virgem,
No ocaso ainda não formado
E na visão que não nos
pertence.
O vazio faz-se entre fezes
e urina
Com a proliferação dos
homens
Que a força dos vazios
desconsolos vence.
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