Passei a noite
sem respirar.
Tu eras o meu
mar,
meu mar,
meu tempo, minha
colheita.
O quarto recolheu
a noite
como um pastor,
em silêncio,
convoca os seus
bichos.
Quando a luz
floriu
eu me ceguei de
encontro à janela.
E, assim, cego
retornei ao teu
ventre
como búzio
espirilando o
infinito
na sua própria
concha.
Não me chega o
corpo que sou.
Resta-me
o desenho da lua
na tua pupila.
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