Folheio a vida
Num calendário velho.
Dias riscados, como
contas pagas.
Domingos de repouso,
Segundas de trabalho
Sábados de cansaço,
Sem nenhum sentido.
No abismo do nada,
O nada, apenas.
Quem sofreu nestas
páginas vazias,
Tão frias,
Tão serenas?
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